Em 1441, João Gomes da Silva (filho de Aires da Silva) fez instituição de uma Missa quotidiana por sua alma, na sua ermida de S. Marcos, legando para o efeito determinados bens.
Esta ermida fora fundada quando João Gomes da Silva se retira para a sua Quinta, também denominada de S. Marcos, criando à sua volta um pequeno lugar
( S. Silvestre). Grande parte destes homens era devota de S. Marcos, sendo de crer que nesta devoção teve origem o nome da ermida.
Mandou então erguer e instituir esta capela, no lugar que todos conhecemos.
Após várias doações, a mais importante terá sido a de D. Beatriz de Menezes, que possibilitou a construção do Convento, mais tarde entregue aos Monges Jerónimos.
Fundado o Convento, nunca mais afrouxou a protecção Real, bem como a dos Silvas, que nele erigiram o seu Panteão. Deste Panteão, diz-nos Ramalho Ortigão o seguinte: « O Panteon dos Silvas, pelo seu incomparável conjunto, constitui o mais delicado espécimen da plástica da Renascença em Portugal».Pena é que se apresente em tão avançado grau de degradação, com muitas infiltrações, pelo que apelo ao IPPAR, no sentido de articular esforços e evitar estragos maiores.
Gostaría sobretudo de salientar, os Nobres valores que nos foram deixados por estes nossos antepassados, que escreveram com a sua acção e o fio da sua espada a história deste País.
Homens que nos deixaram grandes ensinamentos, como a Valentia, Coragem, Lealdade, Justiça e um verdadeiro amor pela nossa terra e pelo nosso País.
Davam a vida se necessário fosse para a defender e prestigiar.
Hoje passados mais de 10 séculos, seria bom que cada um de nós aproveitasse o que essa realidade tem de melhor, para alcançar um objectivo ainda maior: sermos capazes de apreciar o nosso semelhante pela Nobreza do Ser.
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
S. MARCOS ... breve história
Publicada por João Cortesão à(s) 21:29
Etiquetas: Monumentos